Segue o teu Destino
Segue o teu
destino,
Rega as tuas
plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
A realidade
Sempre é mais ou
menos
Do que nós
queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a
nós-próprios.
Suave é viver só.
Grande e nobre é
sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas
aras
Como ex-voto aos
deuses.
Vê de longe a vida.
Nunca a
interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A
resposta
Está além dos
deuses.
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são
deuses
Porque não se
pensam.
O uso do imperativo dá um tom geral de comando moral, de ensinamento. É como se
o poeta, chegando a conclusões, as fizesse perdurar no tempo,
ensinando-as aos seus discípulos.
Nas duas primeiras estrofes, Reis aconselha que se viva a vida sem pensar, porque nós nunca vamos mudar na essência do que somos, apenas a nossa interpretação da Natureza.
Reis procura apenas fugir da dor. Por isso recomenda: vive só e deixa a dor nas aras como ex-votos aos deuses. Reis quer estar só e deixar de sofrer. Portanto conclui que a sua dor vem de estar com os outros. A sua dor vem da sua vida exterior. É essa vida que dá em sacrifício do altar dos deuses.
Isso confirma-se no que ele diz: "Vê de longe a vida/Nunca a interrogues". A resposta está além dos deuses – ou seja, é absurda, existe para além do divino, e existe apenas porque pensamos nela.
Antes devemos "imitar o Olimpo no nosso coração". Ou seja, ser deuses por dentro, ser mestres do nosso íntimo. Não pensarmos dar-nos-á acesso a uma tranquilidade que desconhecemos. Deixaremos de sofrer.
Nas duas primeiras estrofes, Reis aconselha que se viva a vida sem pensar, porque nós nunca vamos mudar na essência do que somos, apenas a nossa interpretação da Natureza.
Reis procura apenas fugir da dor. Por isso recomenda: vive só e deixa a dor nas aras como ex-votos aos deuses. Reis quer estar só e deixar de sofrer. Portanto conclui que a sua dor vem de estar com os outros. A sua dor vem da sua vida exterior. É essa vida que dá em sacrifício do altar dos deuses.
Isso confirma-se no que ele diz: "Vê de longe a vida/Nunca a interrogues". A resposta está além dos deuses – ou seja, é absurda, existe para além do divino, e existe apenas porque pensamos nela.
Antes devemos "imitar o Olimpo no nosso coração". Ou seja, ser deuses por dentro, ser mestres do nosso íntimo. Não pensarmos dar-nos-á acesso a uma tranquilidade que desconhecemos. Deixaremos de sofrer.
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