É
constituído por:
Texto
principal composto pelas falas dos actores que é ouvido pelos
espectadores;
Texto
secundário (ou didascálico) que se destina ao leitor, ao
encenador da peça ou aos actores.
É composto:
Pela listagem inicial das personagens;
Pela indicação do nome das personagens no início de cada
fala;
Pelas informações sobre a estrutura externa da peça (divisão
em actos, cenas ou quadros);
Pelas indicações sobre o cenário e guarda-roupa das
personagens;
Pelas indicações sobre a movimentação das personagens em
palco, as atitudes que devem tomar, os gestos que devem fazer ou a entoação de
voz com que devem proferir as palavras;
Acção
– é marcada pela actuação das personagens que nos dão conta de acontecimentos
vividos.
Estrutura
externa – o teatro tradicional e clássico pressupunha
divisões em actos, correspondentes à mutação de cenários, e em cenas e quadros,
equivalentes à mudança de personagens em cena.
O teatro moderno, narrativo ou épico, põe completamente de
parte as normas tradicionais da estrutura externa.
Estrutura
interna:
Exposição
– apresentação das personagens e dos antecedentes da acção.
Conflito
– conjunto de peripécias que fazem a acção progredir.
Desenlace
– desfecho da acção dramática.
Classificação
das Personagens:
Quanto à sua concepção:
Planas
ou personagens-tipo – sem densidade psicológica uma vez que não
alteram o seu comportamento ao longo da acção. Representam um grupo social,
profissional ou psicológico);
Modeladas
ou Redondas – com densidade psicológica, que evoluem ao longo
da acção e, por isso mesmo, podem surpreender o espectador pelas suas atitudes.
Quanto ao relevo ou papel na obra:
Protagonista ou personagem principal Individuais;
Personagens secundárias ou Figurantes Colectivas
Tipos de
caracterização:
Directa
– a partir dos elementos presentes nas didascálias, da descrição de aspectos
físicos e psicológicos, das palavras de outras personagens, das palavras da
personagem a propósito de si própria.
Indirecta
– a partir dos comportamentos, atitudes e gestos que levam o espectador a tirar
as suas próprias conclusões sobre as características das personagens.
Espaço
– o espaço cénico é caracterizado nas didascálias onde surgem indicações sobre
pormenores do cenário, efeitos de luz e som. Coexistem normalmente dois tipos
de espaço:
Espaço
representado – constituído pelos cenários onde se desenrola a
acção e que equivalem ao espaço físico que se pretende recriar em palco.
Espaço
aludido – corresponde às referências a outros espaços que não o
representado.
Tempo:
Tempo da
representação – duração do conflito em palco;
Tempo da
acção ou da história – o (s) ano (s) ou a época em que se
desenrola o conflito dramático;
Tempo da
escrita ou da produção da obra – altura em que o autor concebeu
a peça.
Discurso
dramático ou teatral:
Monólogo
– uma personagem, falando consigo mesma, expõe perante o público os seus
pensamentos e/ou sentimentos;
Diálogo
– fala entre duas ou mais personagens;
Apartes
– comentários de uma personagem que não são ouvidos pelo seu interlocutor.
Além deste tipo de discurso, o tecto dramático pressupõe o
recurso à linguagem gestual, à sonoplastia e à luminotécnica.
Intenção
do autor - pode ser:
Moralizadora;
Lúdica ou de evasão;
Crítica em relação à sociedade do seu tempo;
Didática.
Formas
do género dramático:
Tragédia;
Comédia;
Drama;
Teatro Épico.
Outras
características:
Ausência
de narrador.
Predomínio
do discurso na segunda
pessoa (tu/vós).