Em
Portugal, a vitória do Liberalismo foi precedida de vários episódios de
revolta, nomeadamente a conspiração de 1817, que vitimou vários portugueses
inconformados com a política vigente. D. João VI, instalado na corte no Brasil,
deixara a metrópole à mercê do governo constituído por uma junta de
governadores, onde estava inserido Beresford, representante do poder militar
britânico. O país vivia uma situação de declínio económico, social e comercial,
e para piorar sentiam-se abandonados pelo seu rei.
Terminada a guerra, os Ingleses
mantinham o país em estado de mobilização e conservavam na fileiras perto de
cem mil homens. Segundo um relatório que a junta de Governo enviou a D. João
VI, em 1820, o exército absorvia 75% das receitas públicas.
As relações entre o poder civil
e o poder militar eram más, e dentro do exército eram também más as relações
entre os oficiais portugueses e oficiais ingleses, porque os primeiros se queixavam de ser preteridos nas promoções pelos
segundos. Em 1817, o comandante inglês Beresford, foi informado da existência
de uma conspiração entre oficiais portugueses. Com tudo isto, General Gomes
Freire de Andrade e todos os implicados, foram enforcados, no entanto o próprio Governo tinha indícios de estar
implicado nas conspirações.
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